Vós Apresento: Sri Matheus Yoga

A Arte da Guerra VII (Com 25 Anos de Idade).

III - Estratégia Ofensiva:

Sun Tzu disse:
1. Geralmente, na guerra, a melhor política consiste em tomar um Estado intacto; arruiná-lo é medida inferior a essa.
Li Ch´üan: Não prometas recompensa ao crime.
2. Capturar o exército inimigo é melhor, do que destruí-lo. Apanhar intacto um batalhão, uma companhia ou um esquadrão de cinco homens é melhor, do que aniquilá-los.
3. Pois obter cem vitórias em cem batalhas não representa o máximo da habilidade. O máximo da habilidade é subjugar o inimigo sem lutar.
4. Portanto, de suprema importância na guerra é atacar a estratégia do inimigo.
Tu Mu: O Grande Comandante disse: Aquele que é excelente em resolver dificuldades fá-lo antes que elas surjam. Aquele que é excelente em conquistar os inimigos triunfa antes que a ameaça se concretize.
Li Ch´üan: Ataca os planos no nascedouro. No tempo dos Últimos Han, K´ou Hsün cercou Kao Chun. Chun enviou seu oficial de Estado-maior, Huang-fu Wen, para parlamentar. Huang-fu Wen mostrou-se rude e atrevido, de sorte que K´ou Hsün mandou degola-lo e informou a Kao Chun: Teu oficial de Estado-maior comportou-se mal e ordenei que lhe cortassem a cabeça. Se queres render-te, faze-o de imediato ou põe-te na defensiva. No mesmo dia, Chun abriu os portões da fortaleza e entregou-se.
Todos os generais de K´ou Hsün disseram: Mataste o enviado dele e ainda assim o obrigaste a entregar a cidade. Como se deu isso?
K´ou Hsün respondeu: Huang-fu Wen era tudo para Kao Chun, seu mais íntimo conselheiro. Se eu lhe poupasse a vida ele levaria a cabo seus planos; uma vez morto, Kao Chun perdeu a coragem. Bem se disse: A Suprema excelência na guerra é atacar os planos do inimigo.
Os generais confessaram a uma só voz: Isso está além de nossa compreensão.
5. O melhor passo seguinte é romper as alianças do inimigo.
Tu Yu: Não permitas que teus inimigos se aliem.
Wang Hsi: Examina o conteúdo dessas alianças e provoca sua ruptura. Se o inimigo tem alianças, o problema é grave e a posição dele, muito forte; se não as tem, o problema é menor e a posição dele, muito fraca.
6. O melhor passo seguinte é atacar o exército inimigo.
Chia Lin: O Grande Comandante disse: Aquele que persegue a vitória só com lâminas nuas não é bom general.
Wang Hsi: Batalhas são negócios perigosos.
Chang Yü: Se não puderes anular os planos do inimigo no berço ou quebrar-lhe as alianças quando estiverem prestes a concluir-se, aguça as armas para obter a vitória.
7. A pior política é atacar cidades. Faze-o apenas quando não houver alternativa.
8. Preparar carretas protegidas e aprestar as armas e o equipamento necessário exige pelo menos três meses; levantar rampas de terra contra as muralhas requer outros três.
9. Se o general for incapaz de sofrear sua impaciência e ordenar que os soldados escalem a muralha como formigas, um terço deles perecerá sem conseguir tomar a cidade. Tais são as consequências calamitosas de semelhantes ataques.
Tu Mu: No final do período Wei, o imperador T´ai Wu conduziu cem mil homens contra o general Sung Tsang Chih, em Yu Tái. Em primeiro lugar, o imperador pediu a Tsang Chih um pouco de vinho. Tsang Chih selou um jarro cheio de urina e lho mandou. Tái Wu foi tomado de cólera e atacou imediatamente a cidade, ordenando às tropas que escalassem as muralhas e travassem o combate corpo a corpo. Os cadáveres foram-se amontoando até o topo dos muros, e após trinta dias de combate os mortos já excediam a metade de suas forças.
10. Assim, os homens experientes na guerra subjugam o exército inimigo sem combate. Capturam suas cidades sem assaltá-las e dominam seu Estado sem delongar as operações.
Li Ch´üan: Eles conquistam pela estratégia. No tempo dos Últimos Han, o senhor de Tsan, Tsang Kung, cercou os rebeldes Yao em Yüan Wu, mas ao longo dos meses seguintes não conseguiu tomar a cidade. Seus oficiais e soldados estavam doentes e cobertos de úlceras. O rei de Tung Hai disse então a Tsang Kung: Concentraste tropas e assediaste os inimigos que estão cobertos de úlceras. O rei de Tung Hai disse então a Tsang Kung: Concentraste tropas e assediaste os inimigos que estão determinados a lutar até a morte. Isso não é estratégia! Deves levantar o cerco. Dá-lhes a entender que uma via de escape está aberta: eles sairão e se dispersarão. Então qualquer policial de aldeia conseguirá capturá-los. Tsang Kung seguiu o conselho e tomou Yüan Wu.
11. Teu objetivo deve ser tomar intacto Tudo o Que Está Sob o Céu. Assim, tuas tropas não se cansarão e teus ganhos serão completos. Tal é a arte da estratégia ofensiva.
12. Consequentemente, a arte de utilizar tropas é esta: quando a proporção for de dez para um a teu favor, cerca o inimigo.
13. Quando tiveres cinco vezes a sua força, ataca-o
Chang Yü: Se minha força for cinco vezes a do inimigo, lanço o alarma na sua vanguarda, surpreendo-o na retaguarda, crio um tumulto na ala direita e ataco a ala esquerda.
14. Se a força dele é o dobro da tua, divide-a.
Tu Yit: Caso uma superioridade de dois para um seja insuficiente para dominar a situação, valemo-nos de uma força de diversão a fim dela lhe dividir o exército inimigo. Por isso disse o Grande comandante: Quem é incapaz de induzir o inimigo a dividir suas forças não pode discutir táticas inusitadas.
15. Havendo equilíbrio de forças, podes combater.
Ho Yin-hsi: Mas em tais circunstâncias somente o general habilidoso consegue vencer.
16. Se és numericamente mais fraco, assegura-te da possibilidade de retirada.
Tu Mu: Quando tuas tropas não se igualam às do inimigo, evita temporariamente o choque inicial. Depois, sem dúvida, tirarás vantagem de um sítio mais propício. Então levanta-te e busca a vitória com determinação.
Chang Yü: Se o inimigo for forte e eu fraco, retiro-me provisoriamente e não travo combate. É o caso em que as habilidades e a coragem dos generais, bem como a eficiência das tropas, se igualam.
Estando eu em boa ordem e o inimigo desarvorado, sendo eu enérgico e ele descuidoso, dou-lhe batalha mesmo sabendo que suas forças são numericamente superiores.
17. Prevalecendo em tudo a igualdade, tenta ludibriá-lo, pois uma força pequena não passa de butim para outra mais poderosa.
Chang Yü: Disse Mêncio: O pequeno certamente não pode equiparar-se ao grande, nem o fraco ao forte, nem os poucos aos muitos.
18. Sucede que o general é o protetor do Estado. Se essa proteção for abrangente, o Estado será sem dúvida forte; se for falha, ele será sem dúvida fraco.
Chang Yü: O Grande Comandante disse: O soberano que encontra as pessoas certas prospera. O que não as encontra se arruína.
 19. Três são os modos de um governante semear a desgraça no exército.
20. Quando não sabe que o exército deve estacar e ordenar o avanço; quando ignora que ele deva ficar e ordena a retirada. Chama-se Aleijar o Exército.
Chia Lin: O avanço e a retirada do exército podem ser controlados pelo general de acordo com as circunstâncias reinantes. Não há maior mal que as ordens emitidas pelo soberano em sua corte.
21. Quando, ignorando os assuntos militares, ele se intromete em sua administração: isso deixa perplexos os oficiais.
Ts´ao Ts´ao: O exército não pode ser comandado segundo regras de etiqueta.
Tu Mu: No que concerne à conveniência, às leis e aos decretos, o exército possui seu próprio código, a que geralmente obedece. Se este for idêntico ao utilizado no governo civil, os oficiais sentir-se-ão desnorteados.
Chang Yü: A benevolência e a correção são boas para governar um Estado, mas impróprias para administrar um exército. O oportunismo e a flexibilidade convêm à administração de um exército, mas não ao governo de um Estado.
22. Quando, ignorando os problemas de comando, ele participa do exercício de responsabilidade. Isso gera dúvidas no espírito dos oficiais.
Wang Hsi: Se uma pessoa ignorante de assuntos militares é enviada para integrar a administração do exército, em todos os movimentos haverá discordâncias e mútuas frustrações, prejudicando-se destarte toda a tropa. Por isso, Pei Tu lembrou ao trono que chamasse de volta o Supervisor do Exército: só assim pode pacificar Ts´ao Chou.
Chang Yü: Nos tempos que correm, os oficiais da corte tem sido empregados como Supervisores de Exército; eis aí, precisamente, o que está errado.
23. Quando o Exército se mostra confuso e suspicaz, os governantes vizinhos costumam criar problemas. É o que quer dizer o a adágio: Exército confuso, vitória alheia.

Notas:
1. E não, como Giles traduz: Atrapalhar os planos do inimigo.
2. E não, como Giles traduz: Evitar a junção das forças inimigas.
3. Nessa série de versículos, Sun Tzu não discute a arte do comando, como aparentemente pensa Giles. Trata-se de objetivos e políticas - cheng - na ordem relativa do mérito.
4. A troca de presentes e cumprimentos era um preâmbulo normal à batalha.
5. Yao conota o sobrenatural. Os Boxers, que se julgavam invulneráveis, podem ser assim descritos.
6. Alguns comentadores pensam que esse versículo significa Dividir as Próprias Forças, mas tal interpretação parece pouco satisfatória porque o ideograma chih, empregado nos dois versículos anteriores, refere-se ao inimigo.
7. Tu Mu a Chang Yü aconselham ambos a retirada Temporária, enfatizando assim que a ação ofensiva deverá ser retomada quando as circunstâncias se mostrarem propícias.
8. Literalmente: A força de uma pequena tropa é... Parece que isso se refere ás armas e ao equipamento.
9. Aqui, transpus os ideogramas que significam Governante e Exército; do contrário, se depreenderia do versículo que existem três maneiras de o exército trazer desgraça ao soberano.
10. Literalmente, Não sabendo (ou não compreendendo ou ignorante de) (onde) a autoridade (reside) no exército; ou ignorante de (assuntos pertinentes ao exercício da) autoridade militar. O ideograma operativo é Autoridade ou Poder.
11. Os Supervisores de Exército dos T´ang eram de fato comissários políticos. Pei Tu tornou-se primeiro-ministro em 815 d. C. e, em 817, solicitou ao trono que chamasse de volta o supervisor que lhe fora designado, o qual estaria interferindo nas operações militares.
12. Aqui, Governantes Vizinhos está para Senhores Feudais. Os comentadores concordam em que um exército desarvorado priva-se a si mesmo da vitória.

Aforismos Matheus Yoga:
A - Atacar com fogo é destrutivo, mas atacar com água é muito mais, pois requer muito mais do general.
B - Não atacar pela raiva, a guerra não é algo pessoal e o exército deve cumprir sua função diante do soberano ou estado que representa.
C- Nem todo soldado luta com armas.
D- Recruta para si os espiões inimigos.

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